Em debate sobre o cenário econômico, especialistas analisam impacto da pandemia

A Fundação de Previdência Complementar do Município de Curitiba (CuritibaPrev) realizou nesta quinta-feira (9/7) o segundo seminário em vídeo pela internet (webinar), aberto ao público em geral. O tema escolhido expôs os desafios da economia em meio à pandemia de covid-19, que trouxe incertezas e preocupação no mundo todo.

A transmissão foi feita pelo canal da CuritibaPrev no Youtube. O tema “Como entregar resultados em cenário de incertezas e juros tão baixos” foi conduzido pelo economista e diretor Financeiro da CuritibaPrev, Marcos Litz, que fez a mediação.

Os especialistas convidados – o sócio-fundador da Mauá Capital, ex-diretor do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, e o sócio e diretor-técnico da Aditus Consultoria Financeira, Guilherme Benites – analisaram o impacto da taxa de juro baixa, de 2,25% atualmente, com tendência de queda e de manutenção desse patamar por um longo tempo.

Para Luiz Fernando Figueiredo, o impacto é inegável. “O juro baixo tem efeito transformador na economia, não apenas no Brasil”, declarou. “Parece que ele veio pra ficar”, completou, ao citar alguns aspectos que podem levar a este resultado no mundo. “O mundo estar mais velho é um desses fatores. Outro é a tecnologia, que está transformando a maneira como vivemos”, disse.

Momento desafiador

Guilherme Benites ressaltou que o juro baixo é bom para a economia, para o Brasil, mas traz um desafio grande aos investidores de longo prazo, como é o caso dos fundos de pensão.

Ele defende a diversificação dos investimentos, para garantir a rentabilidade no longo prazo. “A chave agora é não colocar todos os ovos na mesma cesta”, comparou. “Por isso, o portfolio será cada vez mais complexo, pois é preciso diversificar o risco, para fazer frente ao juro tão baixo”, analisou.

Durante o seminário, Guilherme Benites ressaltou a importância de dar oportunidade ao participante dos planos de previdência complementar de conversar, conhecer as dificuldades e soluções propostas, em busca de uma boa prática com o dinheiro. ‘O que buscamos é proporcionar uma aposentadoria tranquila, correndo os riscos na medida certa’, disse.

Figueiredo observou que desde que a pandemia causada pelo novo coronavírus teve início, o mundo teve que aprender a lidar com ela. Para alguns analistas, a conjugação de lockdown forte e curto seria a melhor opção. “Mas tínhamos que fazer isso sem colapsar o sistema de saúde”, disse.

Ele acrescentou que a economia não parou, que empresas se valorizaram e apontou setores nos quais houve crescimento, como o de tecnologia. Segundo Figueiredo o auxílio-emergencial que alguns receberam foi importante.

“Foi colocado dinheiro onde precisava e temporariamente. Minimamente, as pessoas consumiram. Claro, todos no mundo estão de alguma forma mais pobres, mais endividados, mas não sem capacidade de reagir. O mundo se preparou para algo pior do que o que aconteceu até aqui”, afirmou.

Luiz Fernando Figueiredo considera que o nível de incertezas ainda é grande. “Mas é menor do que era há um mês. E sabemos que a volta à normalidade será heterogênea e gradual, com dificuldades para alguns setores, como o da aviação”, exemplificou. Ele acredita que essa retomada se dará a partir do fim de 2021 e início de 2022.

Proteção previdenciária

O presidente da CuritibaPrev, José Luiz Costa Taborda Rauen, destacou aos convidados e aos que acompanharam o seminário que a CuritibaPrev é a única entidade fechada de previdência complementar criada e patrocinada por um município, no caso, Curitiba. “E ela está pronta para receber a adesão de outros municípios, pois é multipatrocinada”, emendou.

Rauen, que trabalha na área de previdência há mais de 30 anos, destacou três importantes características. Uma delas é que não há cobrança de taxa de carregamento, mas apenas taxa de administração, limitada ao máximo de 1% ao ano.

“Além disso, somos a única entidade fechada especializada em servidores públicos municipais, que têm suas peculiaridades. O terceiro aspecto é que só a CuritibaPrev pratica justiça social, ao oferecer proteção previdenciária aos servidores que recebem abaixo do teto do INSS, de R$ 6.101,06”, completou o especialista.

Em pouco mais de um ano, a CuritibaPrev tem mais 1.100 participantes.

O webinar teve também a participação do analista da CuritibaPrev Carlos Vagetti, que organizou a etapa reservada às perguntas aos palestrantes.

Quem quiser assistir ao seminário, com duração de duas horas, pode acessar o canal do Youtube.

Tags: CuritibaPrev
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